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Legado de mulheres cientistas ganha exposição imperdível em SP

Com entrada gratuita, a mostra ‘Nós — Arte e Ciência por Mulheres’ apresenta a trajetória de potentes produtoras de conhecimento! Vem saber mais:

Já se perguntou qual é a contribuição das mulheres para a ciência? Quem foi Marie Curie ou Bertha Lutz? Já ouviu falar em Sueli Carneiro e Jaqueline Goes? Essas e outras figuras femininas importantíssimas são retratadas na exposição “Nós — Arte e Ciência por Mulheres”. 

Entre 18 de março e 11 de junho, a exposição ocupa o Paço das Artes, em Higienópolis, de terça-feira a domingo, com entrada gratuita.

“Nós — Arte e Ciência por Mulheres” apresenta a trajetória das mulheres como produtoras de conhecimento. A mostra vai apresentar um panorama que valoriza a presença delas na ciência, ao mesmo tempo que dá luz à histórica invisibilização de suas atuações na sociedade – e faz isso através da apresentação de personagens, iconografia histórica e científica e, como um projeto de arte, através do trabalho de artistas contemporâneas.

Contemplando cenários históricos que vão desde a sabedoria ancestral até a crescente presença feminina nas instituições científicas nos dias de hoje, a narrativa da exposição propõe tanto uma denúncia, quanto uma ode à presença de mulheres nas mais diversas áreas do conhecimento.

Como denúncia, a mostra considera as múltiplas camadas de opressão que atravessam e organizam uma sociedade ainda marcada pelas exclusões, mas também apresenta e valoriza, através de uma narrativa complexa e entrelaçada, que a mulher sempre foi protagonista de sua própria história!

A mostra é dividida em dois núcleos temáticos, abordando diferentes áreas de atuação em que as mulheres são produtoras de conhecimento. “Nós — Arte e Ciência por Mulheres” faz um recorte e apresenta cerca de 60 cientistas de diferentes épocas e nem sempre reconhecidas por suas conquistas, como a alquimista e profetisa grega Maria; as químicas Marie e Irene Curi; a bióloga Bertha Lutz e a paleontóloga Carlotta Joaquina Maury.

Entre as 19 artistas contemporâneas que expõe suas obras, estão Arissana Pataxó, Berna Reale, Bruna Alcântara, Efe Godoy, Marcela Cantuaria e Paty Wolff.

O primeiro núcleo, “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, retorna aos tempos medievais e destaca como a sabedoria e autonomia feminina, muitas vezes na figura de parteiras, curandeiras e benzedeiras, por exemplo, passaram a ser vistas como uma afronta à manutenção da lógica patriarcal e à sociedade da época, sendo consideradas imorais, criminosas e até mesmo bruxas. Por conta de tamanho preconceito, muitas delas foram condenadas à fogueira.

Já o segundo núcleo, chamado “A revolução será feminista, ou não será!”, explora a contínua luta das mulheres por uma sociedade mais igualitária, em que todos tenham pleno acesso a direitos políticos, econômicos e sociais, naquela que é considerada a mais longa de todas as revoluções. Entre alguns dos variados temas que serão explorados, está o trabalho doméstico. Fala sério se não é uma exposição imperdível?!

Química Marie Curie conduziu pesquisas pioneiras sobre radioatividade

 

Bióloga Bertha Lutz foi uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil

 

Filósofa Sueli Carneiro, fundadora e atual diretora do Geledés — Instituto da Mulher Negra, a primeira organização negra e feminista independente de São Paulo

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