ÁLCOOL EM GEL VENCIDO PODE PROLIFERAR BACTÉRIAS
A TV Guarujá News teve acesso às orientações de especialista em microbiologia e te ensina como identificar produtos que não estejam de acordo com as normas da Anvisa, além de minimizar os riscos para a saúde
Muito tem se falado sobre o uso de álcool em gel para o combate à COVID-19. Manter as mãos limpas tornou-se uma das principais estratégias pessoais contra a contaminação. Mas, você sabe como saber se o produto que você está usando é confiável? Basta sentir o forte cheiro do álcool que ele está usável e eficiente? Saiba que ao utilizar um álcool gel de má qualidade ou com o prazo de validade vencido, bactérias que estão na nossa pele, ou na superfície, podem se proliferar e causar infecções.
Segundo Márcia Regina Beux, microbiologista da Universidade Federal do Paraná, o produto de boa qualidade e feito dentro das normas satisfatórias atua como antisséptico, reduzindo a microbiota, que é a quantidade de microrganismos como bactérias, fungos, protozoários e vírus naquele ambiente.
A TV Guarujá News teve acesso às orientações da especialista e traz dicas para identificar produtos que não estejam de acordo com as normas da Anvisa, além de minimizar os riscos à saúde.
– O álcool em gel nunca pode apresentar fases separadas, com camadas dentro do frasco ou demonstrar uma tonalidade turva. O produto deve ser translúcido;
– O álcool em gel ou na forma líquida, 70%, são eficientes como antisseptcois da mesma maneira. A diferença é a de que na forma líquida o produto é altamente inflamável e torna-se perigoso; Para crianças, é sempre adequado usar na forma de gel, por segurança.
– Produtos fora da validade podem ter a sua atividade antisséptica comprometida, causando, ao invés de esterilização, infecções na pele; Se tiver um ferimento na pele, o álcool de má qualidade ou vencido pode se comportar como porta de entrada de bactérias e provocar abscessos, e algumas destas bactérias, que já existem na nossa pele, são resistentes a antibióticos;
– Outra dica importante é lembrar que o uso do álcool não substitui a lavagem das mãos com água e sabão. O álcool deve ser usado em casos onde você não tenha como lavar as mãos!
– Sabonetes em barra podem ser vilões neste momento de Pandemia, pois eles possuem agentes de conservação que podem manter o vírus em suas superfícies; Prefira sempre sabonetes líquidos;
Fonte: Universidade Federal do Paraná
Por Tatiana Macedo