Está usando o repelente certo?
O repelente cria uma barreira de proteção ao redor da pele, que impede que o inseto se aproxime, informa a Sociedade Brasileira de Dermatologia. Por isso, ele é eficaz para afastar e evitar picadas de mosquitos, como o aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika vírus e chikungunya.
O uso do repelente cosmético, que afasta o mosquito, é tópico, ou seja, não há produtos de uso oral, como comprimidos e vitaminas, que tenham a eficácia para repelir mosquitos. O outro tipo de repelente é o saneante, que podem ser jogados no ambiente para matar os voadores.
Como aplicar o repelente?
De acordo com a Anvisa, a aplicação deve ser feita nas áreas expostas do corpo, sem a proteção da blusa e da calça (ou saia rs). Embaixo da roupa não faz efeito. Alguns tipos de spray podem ser aplicados nas roupas, mas apenas quando essa orientação estiver na embalagem.
Ele deve ser o último produto a ser aplicado no corpo, cerca de 15 minutos após do uso de hidratante ou do protetor solar, por exemplo, para formar a barreira protetora, e evitar a aproximação do mosquito.
Deve ser espalhado de forma homogênea, com cuidado nas regiões dos olhos, boca e nariz. Nunca aplique em machucados na pele ou quando a região estiver irritada.
As versões em spray nunca devem ser lançadas na face. Coloque na mão e espalhe cuidadosamente na pele do rosto. Logo depois, higienize as mãos com água e sabão para evitar o contato com os olhos e a boca.
Evite usar os aerossóis dentro de ambientes fechados ou perto de alimentos e animais de estimação. Isso evita intoxicações.
Deve ser reaplicado ao longo do dia, respeitando o limite de três aplicações para os adultos, já que o uso excessivo também pode ser prejudicial para a saúde, incluindo o surgimento de dermatite e outras questões nos órgãos internos.
Saiba os tipos de repelente para cada idade
Existem repelentes feitos com diferentes tipos de substâncias, com duração específica e diferente. É necessário consultar o rótulo do produto para saber se ele é recomendado para o uso cosmético.
Leia o rótulo! Os tipos liberados pela Anvisa possuem: Icaridina, com duração de 10 horas; IR3535, com duração de quatro horas e DEET, com duração de duas horas.
Na hora de escolher o produto dê prioridade para aqueles que possuem registro na Anvisa (no rótulo). O número do registro para os repelentes cosméticos começa com o nº 2 e possui nove dígitos. Já nos repelentes de ambientes, o registro começa com o número 3. Fica a dica.
Bebês – Os bebês de até 6 meses de vida não podem usar repelente. Os pais ou responsáveis devem borrifar o produto no mosquiteiro do berço e manter as portas e janelas protegidas com telas para evitar a entrada de mosquitos.
7 meses até 2 anos – Os bebês e crianças pequenas podem usar repelente com IR3535, que tem duração de quatro horas, com aplicação uma vez ao dia e com orientação do pediatra. E atenção: este grupo não pode usar o repelente com DEET – Essa substância pode causar nas crianças alergias de pele, enjoo, dor de cabeça e sonolência.
Crianças, gestantes, adultos e idosos – Podem usar IR3535, com duração de 4 horas, aplicar até duas vezes ao dia; Icaridina 20-25%: duração de 10 horas, aplicar até duas vezes ao dia; e, DEET infantil 6-9%: duração de 4 a 6 horas, aplicar até duas vezes ao dia.
Cachorro e gato também precisam?
Os mosquitos também são transmissores de doenças para os cachorros e gatos. O Aedes Aegypti não transmite a dengue para os pets, mas o infecta com Dirofilaria Imitis, conhecida como verme do coração, e a Leishmaniose visceral, que causa infecção grave nos órgãos internos.
Estes dois problemas de saúde são transmitidos por meio da picada do mosquito. Por isso, os cuidados para evitar a proliferação do mosquito também é benéfica para os animais domésticos.
Para evitar as picadas de mosquitos nos animais, os tutores podem aplicar repelentes veterinários nos cachorros e gatos. Lembre-se: os pets não podem receber o mesmo repelente dos humanos. Nem mesmo os sprays. É tóxico para eles. Compre um produto com recomendação veterinária.