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Bem-estar Cidades Geral Guarujá

É comum criança com Diabetes?

Mais de 12 milhões de pessoas convivem com a diabetes no Brasil atualmente, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) cerca de 40% dessas pessoas não sabem que têm a doença.

O diabetes pode atingir qualquer pessoa, de todas as idades. No entanto, fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento da doença, como a presença de pessoas com diabetes na família, comportamentos sedentários, obesidade, hipertensão arterial e idade acima de 45 anos.

Muitas pessoas acham que diabetes é uma doença da vida adulta. Ledo engano. Segundo informações divulgadas pelo Instituto Albert Einstein, crianças e adolescentes são a faixa etária mais afetada pela DM1 (Diabetes Mellitus tipo 1), sendo uma das doenças crônicas mais comuns da infância.

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Segundo as informações, aproximadamente 20 de cada 100.000 crianças e adolescentes podem desenvolver DM1 a cada ano. E o tratamento pode ser realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Em Guarujá, a Unidade de Especialidade em Diabetes e Obesidade Infantojuvenil da Prefeitura de Guarujá realiza cerca de 600 atendimentos aos pequenos pacientes por mês, com idade entre 0 e 19 anos. A unidade também assiste o público infantojuvenil com obesidade, com idade entre 2 e 18 anos, já que a comorbidade pode levar a um futuro diabético.

Os pequenos pacientes chegam na unidade, carinhosamente chamada como Docinhos por profissionais e pacientes, encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (Usafas).

Ali a criança ou o adolescente recebe um atendimento multidisciplinar com nutricionista, endocrinologista, fisioterapeuta, psicóloga, profissional de educação física e equipe de enfermagem.

COMO É A DIABETE (DM1) NAS CRIANÇAS?

Para entender melhor, conversamos com os profissionais da unidade que nos informaram que os primeiros sintomas são: a criança come muito e tem muita fome e, apesar disso, emagrece ou não ganha peso, tem muita sede, urina com frequência e em grande quantidade, inclusive durante a noite, queixa-se de visão embaçada e sente-se fraca ou sem disposição para realizar as atividades diárias.

Os sintomas podem variar, o que indica a necessidade de atendimento médico para esclarecimento do quadro clínico. E o que acontece no organismo de uma criança com DM1?

Primeiro vamos entender como a açúcar age no corpo uma pessoinha sem a diabetes.

Em geral, o açúcar de uma refeição rica em carboidratos, como arroz, massas, doces, leite e frutas, são convertidos em glicose ainda no intestino e ali absorvida para o sangue. A partir do sangue, a glicose deve ser transportada para dentro das células para fornecer energia.

A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, é o transportador da glicose do sangue para dentro das células.

E é nesse transporte que acontece a diabetes. Em crianças com DM-1, o pâncreas não consegue produzir insulina, portanto, a glicose não pode entrar nas células para fornecer-lhes energia e a taxa de glicose torna-se muito elevada no sangue (hiperglicemia).

Não se sabe exatamente o motivo que leva algumas crianças a pararem de produzir insulina, mas sabe-se que há uma tendência hereditária associada a algum agravo ambiental como, por exemplo, uma infecção viral.

Neste caso, é possível que o corpo, na tentativa de eliminar o vírus, cometa um erro e comece a destruir suas próprias células, que no caso são as células do pâncreas produtoras de insulina.

Isto caracteriza uma doença autoimune, quando o corpo destrói as suas próprias células. Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune. Portanto, na maioria das vezes o tratamento da doença é feito com aplicação de insulina.

HÁBITOS SAUDÁVEIS PREVENIR OU TORNAR A VIDA DO DIABÉTICO MAIS FÁCIL

Orientação nutricional é arma contra a desinformação

A alimentação saudável e balanceada contribui para o controle e prevenção de diversas doenças, incluindo o diabetes. O Guia Alimentar para a População Brasileira, uma publicação do Ministério da Saúde, orienta que o ideal é basear a alimentação em alimentos in natura e minimamente processados, evitando o consumo de ultraprocessados que são ricos em gorduras, sal, açúcar e aditivos químicos. Ou seja, desembalar menos e descascar mais.

Adotar uma alimentação saudável e atividades físicas rotineiras é fundamental é priorizar o consumo de alimentos saudáveis, como verduras, legumes, fontes de proteínas, como ovos, carnes, peixes, leite e frutas, assim como o tradicional arroz com feijão.

Na unidade Docinhos, em Guarujá, além de receber o tratamento multidisciplinar, estudantes do curso de Nutrição da UNIP realizam atividades de educação nutricional para os baixinhos e seus responsáveis, enquanto aguardam os atendimentos dos médicos especialistas.

A estudante Rozana Alexandre Santana Cardozo, afirma que as conversas informais com as famílias ajudam a melhorar a alimentação. “Nós mostramos a quantidade de açúcar em cada alimento processado e vemos que eles ficam espantados. Não têm essa noção. Essa orientação deveria ser adotada em todas as escolas, tanto para as crianças que convivem entre si com salgadinhos e refrigerantes, quando para os responsáveis que fazem o lanche e são responsáveis pela alimentação no lar”, afirma.

É importante também que as escolas se adequem à realidade da diabetes, provocando os responsáveis em levar comida ‘de verdade’ na lancheira, como frutas e lanches saudáveis. “Mães relatam que até mandam lanches bons para os filhos, tanto diabéticos, quanto obesos, mas todos na escola fazem a refeição juntos na hora do lanche e acabam trocando entre si a alimentação que não é conveniente. E, criança é criança. Ela quer socializar e repartir, inclusive o que comem”, sugere Rozana.

A Unidade de Especialidades em Diabetes e Obesidade Infantojuvenil de Guarujá – Unidade Docinhos, fica na Rua Manoel da Cruz Michael, 333, no bairro Santa Rosa. Se você perceber algum dos sintomas em sua criança leve o mais rápido ao posto de saúde mais próximo para fazer o exame, que é rápido e indolor. Caso seja detectado alguma alteração nos exames ela será encaminhada à unidade de especialidade.

Fonte: Trabalho acadêmico da faculdade de Nutrição da UNIP Paulista

 

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