Vem aí novidade do Pearl Jam
Em entrevista à WRIF, rádio de Detroit especializada em rock, o guitarrista do Pearl Jam, Stone Gossard, contou aos ouvintes que a banda de Seattle já está em pré-produção do sucessor de Gigaton, que foi o último álbum do grupo, lançado em 2020.
Ainda de acordo com a fala do músico, a perspectiva é que o novo registro saia em 2024, ainda que o Pearl Jam trabalhe em modo acelerado para que as canções cheguem antes ao mercado. “O plano é fazer mais gravações, tentar terminar o álbum em breve”, contou Gossard ao radialista Mark “Meltdown” Milligan.
11. Lightning Bolt (2013)
Pode até se afirmar que não há composições que sejam ruins, mas o conjunto da obra não é particularmente interessante. A ampla variedade de estilos, expressa no antagonismo dos dois singles lançados (a urgente “Mind Your Manners” e a balada “Sirens”), dá o tom de como as coisas correram no registro.
10. Backspacer (2009)
Backspacer é lembrado como “o disco de ‘Just Breathe’”, ainda que a maioria dos apaixonados pela canção nem mesmo saibam de que álbum ela faz parte. O LP foi a estreia do quinteto na Universal para distribuição no restante do mundo, ainda que tenha se mantido independente nos Estados Unidos.
No seu país, Backspacer foi massacrado, fazendo o Pearl Jam ser chamado de “ex-maior banda do planeta” pela Pitchfork. Particularmente, o álbum tem bons momentos, como “Amongst the Waves” e “The Fixer”, além das baladas que o consagraram entre um público maior.
9. Pearl Jam (2006)
Chamado entre os fãs de “o disco do abacate”, Pearl Jam foi lançado na reta final da gestão Bush, com o agravamento da crise econômica que culminaria na crise global de 2007 e 2008. A banda, assumidamente Democrata desde que o mundo é mundo, não perdoou o ex-presidente, retornou com sua verve crítica, não perdoando a “guerra ao terror” travada por seu presidente. Certamente foi o disco mais endereçado, ao menos até Gigaton. Bastante melancolia e a uma nação, o “papai do capitalismo”, que ainda veria dias bem ruins.
8. Gigaton (2020)
Gigaton, o mais recente álbum da banda, demonstrou maturidade e resiliência, mantendo o poderoso som característico da banda. Com destaque para letras reflexivas e a emotiva voz de Eddie Vedder, a obra aborda questões ambientais e sociais com sensibilidade.
Embora algumas faixas ressoem menos, o álbum destaca-se pela ousadia em experimentar novos arranjos e estilos. Apesar de não superar clássicos da banda, Gigaton é uma adição sólida à discografia do Pearl Jam, mostrando que a banda ainda é relevante após décadas de carreira.
7. Riot Act (2002)
Riot Act é um álbum sólido, embora subestimado, na discografia da banda, que mostrou o grupo em um momento de reflexão. O registro tem composições maduras e introspectivas, explorando temas sociais e pessoais. Destacam-se faixas como “I Am Mine” e “Thumbing My Way”.
Há quem considere que a ausência de hits radiofônicos seja um aspecto negativo. Mesmo assim, Riot Act exemplifica a evolução artística do Pearl Jam, com um som mais maduro e menos comercial, cativando os fãs fiéis, mas sem ganhar a mesma atenção de álbuns anteriores.
6. Binaural (2000)
Binaural é uma mistura intrigante de experimentação e familiaridade. Chama a atenção a abordagem inovadora da produção, com técnicas de gravação binaurais, e a continuação da abordagem lírica honesta da banda. Destacaram-se faixas como “Light Years” e “Nothing as It Seems”.
À época, a experimentação afastou alguns fãs que esperavam o som clássico da banda. Embora Binaural não alcance o mesmo status dos álbuns iniciais do Pearl Jam, ele marca uma fase de exploração sonora em sua discografia, agradando os admiradores de sua busca contínua por novos horizontes musicais.
5. No Code (1996)
Lançado em 1996, No Code é uma obra corajosa e eclética. No disco havia muita diversidade musical, indo do grunge ao folk e ao experimentalismo. Faixas como “Hail, Hail” e “Off He Goes” exibem a habilidade lírica de Eddie Vedder.
A abordagem pouco convencional fez o álbum ser menos acessível para alguns ouvintes. Apesar disso, No Code marcou uma fase de autodescoberta e afirmação da identidade da banda, contribuindo para sua evolução musical. Embora não seja tão aclamado quanto álbuns anteriores, ele é um ponto de virada na discografia do Pearl Jam, enriquecendo a diversidade e a profundidade de seu catálogo.
4. Yield (1998)
Na discografia do Pearl Jam, Yield é uma joia musical que equilibra energia e introspecção. A banda trouxe uma sonoridade revitalizada e a pegada grunge, perceptíveis em faixas como “Given to Fly” e “Do the Evolution”. A maturidade lírica de Eddie Vedder também se destaca, abordando temas pessoais e sociais.
Curiosamente, o grupo se afastou um pouco da experimentação e da ousadia do disco anterior. Contextualmente, Yield sucede a fase conhecida como mais “obscura” da banda e representa um retorno à forma, combinando a essência do Pearl Jam com uma abordagem mais acessível. Unindo faixas marcantes e melodias cativantes, consolidou-se como um álbum importante na discografia da banda, atraindo tanto fãs antigos quanto novos ouvintes.
3. Vitalogy (1994)
Uma das melhores formas de se referir a Vitalogy é como uma obra corajosa, revelando a complexidade emocional da banda. O Pearl Jam imprimiu uma crueza nas composições, como em “Better Man” e “Nothingman”, além de experimentações sonoras em faixas como “Bugs”. A profundidade lírica de Eddie Vedder é um destaque, porém, com a presença de algumas faixas menos polidas.
Contextualmente, Vitalogy representou um momento de transição, mostrando a evolução do Pearl Jam e sua busca por identidade após o sucesso estrondoso dos álbuns anteriores. Com sua abordagem mais introspectiva e desafiadora, o álbum firma-se como um registro ousado e importante, marcando uma virada na discografia da banda.
Não é equivocado cruzar o registro com o imbróglio do Pearl Jam com a Ticketmaster. O grupo questionava as taxas de serviço impostas pela empresa, bem como seu monopólio na comercialização de ingressos no território norte-americano. O processo só viria a acabar muitos anos mais tarde, mas ajudou a solidificar a marca de artistas que “lutava em todas as frentes”, como afirmava o agente da banda.
2. Ten (1991)
Ten é um clássico do grunge e um marco na carreira do Pearl Jam. A força emotiva e a voz única de Eddie Vedder, exemplificadas em faixas como “Alive” e “Black”, ajudaram a catapultar a banda, o gênero e todo o movimento rock dos anos 1990. A energia crua e a fusão do rock alternativo com elementos do hard rock eram um chamariz.
Ten lançou o grupo para o estrelato e influenciou toda uma geração de músicos. Embora tenha sido um sucesso comercial e crítico, alguns consideram-no menos refinado em comparação com os trabalhos posteriores do Pearl Jam. Ainda assim, Ten é uma obra icônica, responsável por solidificar a posição da banda como um dos maiores expoentes do grunge nos anos 90.
1. Vs. (1993)
Vs. é a obra mais poderosa e intensa da discografia do grupo de Seattle. Há uma evidente evolução lírica, explorando questões sociais e pessoais, notavelmente em faixas como “Daughter” e “Elderly Woman Behind the Counter in a Small Town”. A energia bruta e as harmonias cativantes também se destacaram, mostrando artistas mais cientes do seu poder.
Vs. representa a consolidação do sucesso do Pearl Jam após a estreia fenomenal. Embora alguns fãs esperassem um Ten parte 2, Vs. provou a versatilidade da banda e marcou um passo importante em sua discografia. Sua coragem em enfrentar temas complexos solidificou sua relevância no cenário musical dos anos 90 e além.