CÂMARA DECIDE ANALISAR PEDIDO DE IMPEACHMENT DO PREFEITO
Após reunião para análise da defesa prévia do prefeito, a comissão entendeu que não há elementos suficientes para arquivar o processo de cassação. A decisão de dar andamento no processo foi divulgada pela Câmara Municipal de Guarujá, após reunião que aconteceu na tarde ontem (segunda-feira, 18).
A comissão é formada por Fernando Martins dos Santos (MDB), que é o presidente, Juninho Eroso (PP), o relator, e Sirana Bosonkian (PTB). Agora, serão determinadas as diligências e oitivas, que serão realizadas no decorrer do processo.
ENTENDA O CASO
Toda a investigação ocorreu após uma denúncia apresentada no Ministério Público do Estado de São Paulo. Em análise, o MP apontou que havia indícios de irregularidades no contrato entre a Prefeitura de Guarujá e a Organização Social Pró-Vida, que era responsável pela administração da UPA da Rodoviária e 15 Unidades de Saúde de Família (Usafa).
Suman chegou a ser preso junto com o secretário de Educação, Marcelo Nicolau, no dia 15 de outubro, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Nácar, que investiga um esquema de desvio de dinheiro na rede pública de saúde, em meio ao enfrentamento da Covid-19. Foram feitas diligências em imóveis ligados ao Prefeito e encontrados mais de R$ 70 mil e dezenas de joias.
O prefeito foi solto três dias depois, após a Justiça Federal conceder a liberdade provisória para ele e Nicolau. A decisão afirma que a privação de liberdade é excessiva e que ambos foram soltos por não apresentarem risco de fuga. O prefeito retornou ao cargo.
Em um comunicado, após a soltura, Suman disse à imprensa que “segue mais forte e determinado” para provar sua inocência. “Os últimos acontecimentos não vão interromper, de maneira nenhuma, o progresso de Guarujá em todas as áreas”, disse ele, em nota.
Foto: Foto Janaina Hohne/ G1
Foto: Foto Thais Rozo/ G1